Com fechamento da AFIP, Argentina será o novo paraíso fiscal cripto?

Na contramão do Brasil, onde a Receita Federal é o órgão mais eficiente e recebe diariamente mais e mais investimentos, tanto em treinamento quanto tecnologia, a Argentina, capitaneada pelo Presidente Javier Milei, anunciou o fechamento da Administração Federal de Ingressos Públicas (AFIP), a Receita Federal argentina.

            Considerado um órgão público custoso e burocrático, o órgão será substituído pela Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro, novo órgão criado pra atender as mesmas demandas de forma mais simples e eficiente.

            No comunicado oficial emitido, há algumas informações impressionantes, como a redução de 45% das autoridades de níveis superiores e 31% de níveis inferiores, em um total de 34% de toda estrutura. Estas autoridades de níveis superiores terão seus salários reduzidos em mais de 80%.

           Além disso serão desvinculados mais de 3 mil agentes que ingressaram de forma irregular no governo anterior. Se os mesmos não forem realocados, serão demitidos.

            Como é sabido por todos, Javier Milei é o presidente libertário argentino e aqui começa nossa relação com as criptomoedas e, principalmente o Bitcoin.

            O Bitcoin é a primeira moeda descentralizada, fora do alcance dos governos e seus bancos centrais. Apesar de serem projetos centralizados, muitas outras criptomoedas também conseguem se manter afastados controle estatal convencional.

            Javier Milei já vem se aproximando de Nayib Bukele, o presidente de El Salvador, primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda de curso legal.  Em El Salvador o Bitcoin é isento de impostos e investimentos no universo cripto são muito bem-vindos, incentivados inclusive…

            Não é de se duvidar que Javier Milei faça o mesmo movimento na Argentina e adote o Bitcoin como moeda de curso legal, desvinculando de vez a economia argentina da polêmica paridade com o dólar.

            E já que a ideia é reduzir o aparato estatal, tendo em vista o fechamento da AFIP, podemos esperar em breve que Milei, assim como Bukele, isente os investimentos em Bitcoin e criptomoedas na Argentina.

Fontes:

cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/argentina-substituira-atual-receita-federal-por-orgao-enxuto-e-sem-voracidade-fiscal/

poder360.com.br/poder-internacional/milei-fecha-receita-federal-argentina-e-cria-agencia-menos-custosa/

exame.com/mundo/argentina-dissolve-agencia-tributaria-e-cria-novo-orgao-de-arrecadacao/

TRANSPARÊNCIA = PRIVACIDADE?

Apesar de muitos não terem conhecimento e pouco darem importância, operações com cartões de crédito já são fornecidas à Receita Federal pelas empresas administradoras dos mesmos desde 2003 através da IN 341/2023.

Desde então milhares e milhares de brasileiros passaram a ter suas informações de consumo rastreadas em seus mínimos detalhes pelos órgãos de fiscalização, principalmente a Receita Federal.

Antes disso em 2001 foi publicada a Lei Complementar 105, que trata do sigilo bancário. Nela temos a estrutura de como as instituições financeiras e os órgãos governamentais devem se comportar e atuar.

A Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 5º, nos incisos X e XII, dá a todos os cidadãos brasileiros a proteção à sua privacidade e intimidade, dizendo que são invioláveis entre outros direitos, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; além destes a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas.

Claro que tudo tem limite e nas hipóteses que a lei estabelece para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, está tudo certo.

Parafraseando Eric Hughes em seu Manifesto Cypherpunk, privacidade não é segredo, mas algo que não queremos que o mundo inteiro saiba. Segredo é algo que não queremos que ninguém saiba.

Então desde que a privacidade seja respeitada, sem problemas.

Porém recentemente o STF (Superior Tribunal Federal) decidiu que as instituições financeiras devem fornecer informações de clientes aos fiscos estaduais nas operações de recolhimento do ICMS por meios eletrônicos, como PIX, cartões de débito e de crédito.

Sob o argumento de que as normas são válidas porque visam o aperfeiçoamento da atividade fiscalizatória das fazendas estaduais e irão trazer mais eficiência à fiscalização tributária não havendo quebra de sigilo bancário, mas, apenas “transferência do sigilo das instituições financeiras e bancárias à administração tributária estadual ou distrital”.

Como as criptomoedas estariam inseridas neste contexto?

Com o advento das transações envolvendo moedas tradicionais e criptoativos, muitos se colocam como privados, porém nem tanto assim.

Em recente acontecimento envolvendo a Chainalysis, empresa de análises de redes descentralizadas e a Cointelegraph, empresa de publicação de notícias sobre criptomoedas, um vídeo sugere que as transações de Monero, até então imaculadas, na verdade são rastreáveis, demonstrando que a natureza privada da blockchain não existe, ainda mais se tratando de blockchains administradas sob o interesse de terceiros. O mesmo acontece com a blockchain do Bitcoin, onde diversos endereços já são rastreados e são acompanhados diariamente, buscando movimentos importantes de mercado.

O que será mais relevante? Não sabemos, mas ficam os questionamentos. O fim do sigilo bancário é fundamental para combater a corrupção e a sonegação, além de aumentar a transparência no sistema financeiro? O fim do sigilo bancário trará riscos à privacidade dos cidadãos e o aumento da burocracia e da fiscalização?

O que você acha?

Receita Federal terá dados de corretoras internacionais

Investidor cripto, você ainda não se deu conta a Receita Federal em breve terá seus dados das corretoras estrangeiras.

Se você é do time que tem medo ou raiva da Receita Federal, esse artigo tem uma péssima notícia para você.

A Receita Federal publicou em 18 de junho de 2024 a Portaria 184 criando o Grupo de Trabalho para atuar em atividades relacionadas à conformidade tributária de exchanges de criptoativos estrangeiras com atuação no País – GT Criptoativos. Por conformidade tributária entenda-se a apuração e o recolhimento dos tributos devidos, além de garantir o cumprimento de todas as obrigações acessórias, como a entrega de declarações e documentos fiscais exigidos pela Receita Federal e demais órgãos fiscalizadores.

Por óbvio que as palavras formalmente aplicadas pela Receita no texto da Portaria, como: “orientar quanto ao cumprimento”, “estruturar a captação de informações sobre depositantes e sacadores” e “estabelecer estratégia de atuação relativa a instituições que descumprem suas obrigações tributárias” ganharão outra conotação na vida do investidor de criptomoedas, em especial, àqueles que até aqui, têm se utilizado das exchanges estrangeiras para ficarem longe da visão da Receita Federal, seja por princípio, seja por necessidade.

Podemos traduzir dizendo que, orientar quanto cumprimento, é dizer às corretoras estrangeiras que cobrará as informações dos seus investimentos em corretoras estrangeiras, como a Binance, Bybit e Gate.io à Receita. Que, estruturar a captação de informação, é a forma que as corretoras passarão suas informações, caro leitor. E aqui, pouco importa se será em um arquivo x, y ou z. O importante é que terão os dados. Por fim, como “estratégia de atuação” é como irão punir as instituições financeiras e exchanges que não se adaptarem às exigências – sem dúvida – pesadas multas e proibição da oferta de serviços das corretoras no Brasil, estarão na pauta.

Para quem acha que esse tipo de punição não existe, e que não há como ser feito, lembremos que em mais de uma oportunidade já foram suspensos os serviços do WhatsApp e do Telegram no Brasil. Vai saber…

Como desgraça pouca não vem sozinha, a Receita Federal pode pedir dados dos investidores dos últimos 05 anos, haja vista que a Instrução Normativa 1888, que prevê a declaração de criptomoedas, é de 2019.

Nesse cenário, o pior que pode acontecer a um investidor cripto que utiliza corretoras estrangeiras, é a Receita ter dados sobre ele, que ele sequer saiba… que ela sabe… e esperar passivamente que a notificação da malha fina chegue à sua casa e que o “leão” abocanhe boa parte de seus investimentos… sem estar preparado para lidar com a “fera”.

O fato é que a Receita receberá dados de investidores em cripto nas corretoras estrangeiras, agora, o que você vai fazer quanto a esse fato, esperar ou agir?

Declare Cripto – saiba de suas obrigações cripto com a Receita Federal, use a lei para não pagar imposto e simplifique.

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=138743

Últimos 10 Dias para Declarar o Imposto de Renda

O prazo para a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) de 2024 está quase no fim. Os contribuintes têm até o dia 31 de maio para enviar suas declarações à Receita Federal. Para residentes em 336 municípios do Rio Grande do Sul afetados por enchentes, o prazo foi estendido até 31 de agosto.

Quem perder o prazo estará sujeito a uma multa de 1% ao mês sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20%. Este ano, a faixa de isenção foi atualizada para rendimentos de até R$ 2.824 por mês, equivalente a dois salários mínimos.

Quem Deve Declarar
A declaração é obrigatória para quem:

O criptoativos que foram comprados por um valor superior a R$ 5 mil e não foram negociadas, permanecendo sob a posse do contribuinte até o dia 31 de dezembro de 2023, estarão isentas de tributação pela Receita Federal. No entanto, é necessário incluí-las na declaração de Imposto de Renda.
A Declaração também é obrigatória para quem teve rendimentos em geral, tributáveis acima de R$ 30.639,90.
Recebeu rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil.
Obteve receita bruta anual de atividade rural acima de R$ 153.199,50.
Tinha bens ou direitos acima de R$ 800 mil em 31 de dezembro de 2023.
Realizou operações na bolsa de valores ou teve ganho de capital, inclusive em Cripto, também devem ser declaradas.
Optou pela isenção de imposto na venda de imóveis, adquirindo outro em até 180 dias.
Passou a ser residente no Brasil em 2023.
Como Declarar
Os contribuintes podem usar o portal e-CAC, o aplicativo Meu Imposto de Renda ou o Programa Gerador de Declaração (PGD). Enviar a declaração o mais cedo possível aumenta as chances de receber a restituição nos primeiros lotes. O acompanhamento pode ser feito no site da Receita Federal.

Não deixe para a última hora: finalize sua declaração para evitar multas e problemas futuros.

A sentença de CZ da Binance e as lições para o mundo das criptomoedas

Parece ter chegado ao fim o último capítulo da primeira novela mexicana com a temática de criptomoedas. Mexicana em sua essência, mas balizada pelas regras norte-americanas.

Sim, e teve de tudo. Ação, drama, emoção, idas e vindas, e uma reviravolta espetacular de deixar qualquer espectador preso na poltrona. Tudo que uma trama internacional precisa ter para ser um campeão de bilheteria. E será.

E com todos esses ingredientes cinematográficos expostos, claro que ao cabo de tudo isso, e como não poderia deixar de ser, tivemos um “final feliz”. Principalmente para o nosso ilustre protagonista Changpeng Zhao, conhecido como “CZ da Binance”. A Binance, para os mais desavisados, é a maior exchange (corretora de criptomoedas) do mundo.

Sim, o fundador e principal executivo da Binance, teve finalmente decretado o período de sua prisão pela caneta do juiz Richard Jones, até então coadjuvante na nossa trama, e que digamos por assim dizer, acabou “roubando a cena”, sentenciando “CZ da Binance” por “apenas” 4 meses.

O grand finale veio após as autoridades americanas, representadas pelo Departamento de Justiça, terem recomendado uma sentença de 36 meses de prisão para “CZ da Binance”, mas ele, muito bem representado, conseguiu reverter tal recomendação apresentando, segundo o Juiz Jones, que não haviam indícios de que ele fora informado previamente sobre as atividades ilegais da Binance e pelo fato de ter cooperado peremptoriamente com as autoridades do país nas investigações, atenuando agravantes e justificando a redução de pena.

“CZ da Binance” que se declarou culpado e deixou suas atividades na Binance, conseguiu manter sua participação bilionária na exchange e vai se tornar a pessoa mais rica da história a ficar na prisão, tendo em vista que ele já se encontra preso.

Entre as atividades ilegais estariam elencadas principalmente a lavagem de dinheiro, com um agravante de também estarem vinculadas a grupos terroristas, como Al Qaeda, Estado Islâmico e Hamas. A teoria da conspiração rola solta nos Estados Unidos, tendo em vista sua descendência chinesa.

Será que teremos uma sequência desse thriller? Para “CZ da Binance” acredita-se que sim, pois logo após o julgamento, ele se manifestou em sua rede social no “X”, antigo Twitter. Lá ele agradeceu o apoio de todos, disse que irá cumprir seu tempo na prisão e que logo ao sair, se dedicará para um novo empreendimento na área da educação.

Esperamos que todos aprendam a lição com os erros dos outros, como deve ser. E que os erros de “CZ da Binance” sirvam de exemplo para que todos estejam atentos, não somente nesse momento importante que vivemos, de preenchimento da declaração do imposto de renda da pessoa física. Mas sempre, pois existem obrigações legais mensais impostas pela legislação, como por exemplo a Declaração de Criptomoedas, instituída pela IN 1888, bem como o cálculo dos ganhos de capital. Afastando o risco da lavagem de dinheiro e de uma condenação “à la CZ”…

Texto por: Daniel Lóttici

O dia da Prova de Trabalho

Uma das mais belas tecnologias inseridas no Bitcoin é a prova de trabalho (Proof-of-Work – PoW).

A prova de trabalho é um mecanismo usado para demonstrar que um trabalho computacional significativo foi realizado e é fundamental para a segurança, integridade e o perfeito funcionamento da rede blockchain do Bitcoin.

Através da prova de trabalho, problemas matemáticos complexos são resolvidos, exigindo uma quantidade significativa de poder computacional. Esses problemas são projetados para serem difíceis de resolver, mas a solução em si é fácil de verificar. Isso significa que outros participantes da rede, como por exemplo os nodes, que cumprem o papel de validadores, podem facilmente confirmar se o trabalho realizado pelos mineradores é válido.

Os mineradores competem para encontrar a solução para esses problemas, e quando um deles encontra, ele pode adicionar um novo bloco à blockchain e ser recompensado com Bitcoin.

Agora que você já sabe como funciona a prova de trabalho, podemos comemorar juntos o Dia do Trabalho. Senão vejamos:

Assim como os trabalhadores contribuem para a produção de bens e serviços na economia, os mineradores de criptomoedas contribuem para a segurança e integridade das redes blockchain através do seu trabalho computacional. Ambos os tipos de trabalho têm valor e contribuem para seus respectivos sistemas.

No Dia do Trabalho, reconhecemos e celebramos os direitos dos trabalhadores, incluindo salários justos e condições de trabalho adequadas. Da mesma forma, os mineradores de criptomoedas são recompensados pelo seu trabalho com criptomoedas, como o Bitcoin, que podem ser consideradas uma forma de “salário” no contexto da blockchain.

O Dia Internacional do Trabalho também destaca a importância de respeitar os direitos e a dignidade dos trabalhadores. Da mesma forma, a prova de trabalho nas criptomoedas ressalta a necessidade de respeitar o esforço e os recursos investidos pelos mineradores para manter a segurança e a integridade das redes blockchain, bem como dos nodes que fazem a validação.

Nesse contexto todo: da prova de trabalho e do Dia do Trabalho, também fica o registro do que pode se dizer ser a mais importante característica do Bitcoin, sua rede “trabalha” sem interrupções significativas desde sua criação em janeiro de 2009.

Um belo exemplo de dedicação para todos os incansáveis trabalhadores nesse dia especial.

Texto por: Daniel Lóttici

TRINCA DE OURO NA SEMANA DO HALVING

Porto Alegre 24 de Abril de 2024

Na semana passada três (trinca) eventos relacionados ao bitcoin movimentaram a cena criptográfica.

Disparadamente o evento mais importante, e com certeza o mais aguardado do ano para o bitcoiners, o Halving do bitcoin aconteceu, por ironia do destino, próximo das 21 horas, relembrando a todos sua quantidade de emissão escassa de apenas 21 milhões de moedas, e seus reflexos ainda são totalmente inesperados, gerando ansiedade e expectativa no mercado.

O halving é programado para acontecer a cada 840.000 blocos, aproximadamente de 4 em 4 anos, reduzindo pela metade a recompensa para os mineradores por cada bloco minerado, e consequentemente, pela emissão de novas moedas.

Essa redução torna o bitcoin ainda mais escasso, reduzindo inflação programada e projeta aumento de preço, devido a manutenção da demanda por mais moedinhas. Como atualmente se estimam mineradas mais de 19,5 milhões de moedas, restariam apenas 1,5 milhão para serem disputadas.

Outro evento bastante importante é que Hong Kong deu mais um passo importante com o objetivo de se tornar um pólo de ativos digitais por meio da implementação de medidas regulatórias, entre elas as primeiras aprovações de ETF´s de Bitcoin e Ethereum, que ocorreram esta semana.

Assim como vem ocorrendo recentemente nos Estados Unidos e países importantes da Europa, agora é a vez de Hong Kong dar um grande passo rumo a hiperbitcoinização, oferecendo a possibilidade de grandes investidores institucionais terem acesso à exposição da volatilidade do bitcoin por meio dos ETF´s.

E pra fechar com chave de ouro digital a nossa Trinca de boas-novas, o Brasil, que em termos regulatórios costuma estar na vanguarda no que diz respeito às criptomoedas, iniciou também na semana passada, a negociação de futuros de bitcoin em sua bolsa de valores, a famosa B3. Após aprovação da CVM, os “futuros” de bitcoin podem ser operados facilmente assim como são os “futuros” de índices e dólar.

Neste cenário, o Futuro de Bitcoin é uma opção para investidores brasileiros se exporem a volatilidade da moeda dentro de um mercado regulado. Por ser operado em reais, assim como os índices e o dólar, os futuros de bitcoin também facilitarão a declaração dos investimentos no Imposto de Renda.

Texto: Daniel Lóttici

BLOCKCHAIN

Porto Alegre, 22 de Abril de 2024

Se diria em forma de bordões do antigo programa no estilo de documentários:

Você sabe o que é blockchain? Para que ela serve? Onde vive? Do que se alimenta? Você descobrirá na matéria a seguir.


Uma rápida estorinha pra elucidar ainda mais o que é e qual a importância da blockchain para nossas vidas hoje e no futuro não muito distante.


Imagine que você entra em férias e ruma para a praia, deixando sua residência na cidade fechada por cerca de 20 dias, quando volta das suas férias, a conta de luz ao invés de ser menor, está maior! Por óbvio que se trata de um erro da concessionária de energia.


Você não paga a conta e entra com um pedido de análise da mesma junto a concessionária… A concessionária, após uma série de idas e vindas, de solicitações documentais pelo app (que seguidamente está fora do ar), acata seu requerimento. Isso se você não precisou ir até um escritório presencialmente… carro… estacionamento… senha… demora…


É aí que entra a blockchain quando for adotada como sistema de registro cartorial integrado na sociedade.


Nela, a blockchain, poderão ser registradas todas as informações disponíveis em todas as esferas, sejam cartórios, concessionárias de energia elétrica, instituições financeiras, entre outros.

É nela que são registradas todas as transações do Bitcoin.


A Blockchain é o local onde tudo ficará registrado, de forma incorruptível e inviolável, com privacidade e segurança, para que todos possam auditar sempre que necessário 24 horas por dia, 07 dias por semana, 365 dias por ano.


Retomando nossa estória, que não é tão rápida assim de ser contada dados todos os requintes de crueldade que ela merece, após alguns poucos meses você necessita efetuar uma renovação cadastral em sua instituição financeira, com a finalidade de obter um empréstimo e fomentar a economia.


Para sua surpresa: “Parte II – A Missão”, você possui um apontamento nos sistemas de análise e proteção de crédito.


A instituição financeira não renova seu cadastro, tampouco o aprova e você não fomenta a economia.


Simples assim também. O filme de aventura vira drama, quando na verdade queríamos ficção científica.


E agora, como resolver?

Você entra em contato com o sistema de análise e proteção de crédito, descobre que o apontamento refere-se àquela conta de valor exorbitante que já foi revisada e que já está paga e que você nem lembrava mais de toda incomodação e tempo perdido.

Mais! Você descobre que tem que ir presencialmente a um tabelionato de notas para fazer o reconhecimento de firma de um documento emitido pela concessionária confirmando que aquele débito está quitado.


E depois disso tem que retornar ao sistema de crédito para apresentar o documento com reconhecimento de firma e pagar mais uma taxa para o apontamento ser retirado do sistema.


Tempo de vida perdido e custo para todos os lados.


Atraso! Burocracia! Prejuízo!


Abaixo à burocracia! E um salve à Blockchain!
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE REGISTRO GLOBAIS!

Texto por: Daniel Lóttici

O bilionário, o ministro e a memecoin.

Você tem acompanhado o bate-boca virtual que tem acontecido entre o Elon Musk e Alexandre de Moraes? Sabe o que isso tem a ver com criptomoedas? Com tributação?

Primeiro um breve histórico.

Elon Musk, multibilionário, dono da SpaceX, empresa de viagens espaciais; da Tesla, fabricante de carros elétricos, e recentemente do X, antigo Twitter, rede social adquirida por Musk em 2022. Pois foi no espaço virtual que tudo começou e deixou de ser a única “seara” da celeuma, que transbordou para as demais redes sociais e fez colunistas de todos grandes veículos de comunicação se posicionarem.

Alexandre de Moraes é Ministro do Superior Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Figura importante e com atuação destacada no meio acadêmico, jurídico e político brasileiro.

O que está em jogo?

Alexandre de Moraes solicita o cancelamento de contas na rede social de Elon Musk, com o argumento de que elas usam a plataforma do bilionário para propagar mentiras e desinformação.

Quem está certo e quem está errado não cabe a nós opinarmos.

Temos os que defendem que Elon Musk está correto, pois acreditam que o bilionário defende a liberdade de expressão e constrange aqueles que querem regular as redes sociais.

Existem aqueles que estão ao lado de Alexandre de Moraes, acreditando que ele defende o estado democrático de direito e o combate as fakes news.

Mas voltando ao que interessa, sabe o que isso tem a ver com criptomoedas? Com tributação?

Tudo. Simplesmente tudo.

Para começar, como tudo nessa comunidade globalizada que vivemos, chamada Planeta Terra, o acontecimento já virou meme internacional e, se virou meme, também já virou MEMECOIN.

Sim, uma criptomoeda foi lançada, e o pior de tudo, ou melhor para alguns… valorizou exponencialmente. E se valorizou… gera a necessidade de tributação.

A memecoin ElonXAlexandre, já tem site próprio com direito a White Paper, Roadmap e NFT Collection.

Elon Musk é notório por sua vinculação com memecoins, como Dogecoin, Shiba Inu e a menos conhecida CumRocket, além de também já ter dito que a Tesla aceitaria pagamentos em Bitcoin pela venda de seus carros elétricos.

Pelo jeito, só quem sai ganhando nessa disputa são os usuários de cripto, que além de trazer notícia à tona, ainda ganham com “brincando” com as memecoins!

Texto por: Daniel Lottici

Relatório da Receita Federal sobre cripto aponta: O Leão está de olho!

Porto Alegre 12 de Abril de 2024 –

A Receita Federal realizou transmissão nesta sexta-feira dia 05/04/2024 para apresentar o Relatório Anual da Fiscalização com os Resultados de 2023 e Planejamento de 2024.

Sob a coordenação da subsecretária de fiscalização Andréia Costa Chaves e com a participação do coordenador geral de fiscalização Ricardo de Souza Moreira, do coordenador geral de programação e estudos Pedro Bastos, do coordenador especial de maiores contribuintes Marco Gouveia, e da coordenadora geral de contencioso administrativo e judicial Elaine Vieira, foi explicado o funcionamento do processo de planejamento da Receita Federal identificando riscos de conformidade tributária e como aplicam-se medidas de tratamento diferente em cada caso.

As quatro medidas apresentadas foram as seguintes:

Estruturantes: são todas aquelas medidas que buscam evitar que um risco de conformidade aconteça e as evoluções da própria economia que a Receita Federal precisa acompanhar e ter ferramentas pra lidar com elas.

Facilitação: são aquelas medidas para auxiliar o contribuinte na entrega das obrigações acessórias

Assistência: se dão após a entrega das obrigações acessórias em que a Receita oportuniza a autorregularização

Controle Coercitivo: processos de fiscalizações e auditorias que a Receita Federal promove.

As Criptomoedas, ou, como chamadas durante a entrevista coletiva dada pela Receita Federal: de criptoativos, foram citadas dentro das medidas estruturantes e de facilitação.

Dentro das medidas estruturantes, a subsecretária de fiscalização Andrea Costa Chaves disse que há uma preocupação, inclusive do posto de vista internacional, em relação aos novos produtos econômicos, as transações com criptoativos. Ressaltou que, ainda em 2024, devem abrir diálogo com exchanges estrangeiras que operam o mercado internacional, com o objetivo de enfrentar as questões de conformidade tributária dessas exchanges”

A subsecretária seguiu afirmando que, na questão de criptoativos, o Brasil em 2023, junto a 47 países firmou compromisso internacional de troca sistemática de informações sobre criptoativos. Que a Receita Federal já capta informações de criptoativos desde 2019 através das declarações mensais no layout da Instrução Normativa 1888 e pra 2024 haverá adequação pra cumprimento desse padrão internacional de troca de informações e o compromisso é iniciar as trocas em 2027 com base em dados de 2026”

Foi dito que: “em função desse pioneirismo do Brasil em captar informações de criptoativos, a Receita tem trabalhado com outras administrações tributarias em intercâmbios pontuais de clientes/contribuintes dessas administrações tributárias que operam pelas exchanges nacionais”

Desse todo exposto no relatório da Receita Federal, podemos afirmar que ela está atenta ao mercado de criptomoedas, bem como das novidades na regulamentação e nas ferramentas de fiscalização e trocas de informação, portanto, os contribuintes devem entender a necessidade de estarem atualizados e realizarem de forma preventiva o estudo das obrigações existentes para que não tenham problemas com a Receita Federal.